“É reconhecimento, é felicidade, é uma sensação boa. É muito bom quando a gente compartilha esse sentimento ao mesmo tempo.”
Rafael Araújo Lehmkuhl. Vinte e cinco anos. Manezinho. Estudante de engenharia mecânica na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desde 2012. Frases curtas e pontuais para falar sobre alguém que ficou por um longo tempo na equipe e fez de tudo um pouco.
Sua história na Céu Azul vem desde 2013, num processo seletivo que apareceu ao acaso. Na época, a equipe era dividida em duas: a Classe Micro e a Classe Regular. O Rafa, nosso Rafa, entrou na Classe Micro – que na época era formada pelos fundadores da Horus – e de lá começou seu caminho dentro da Céu Azul e da engenharia – caminhos esses que estão sempre andando juntos, alinhados.
Sua primeira atividade dentro da equipe foi cortar um perfil de isopor, uma atividade “meio de estagiário, meio de calouro”, como ele mesmo define. Aos poucos, percebeu que sua contribuição para com a equipe podia ser muito maior do que ele mesmo pensava: “se eu me manifestar eu posso ajudar”.
O Rafa da Bancada, como ficou conhecido durante o ano de 2018, passou bastante tempo conosco. Entrou em 2013. Co-capitão em 2014. Gerente de área e, depois, de projeto em 2015. Enquanto tentava lidar com o projeto aeronáutico, ele recebeu também a oportunidade de fazer um intercâmbio pelo já extinto Ciência Sem Fronteiras. O destino escolhido foi a Itália. Isso significava uma pausa dentro da Céu Azul, já que “a presença é muito importante”.
Em 2018, depois de um ano e meio trabalhando como estagiário na Horus, o Rafa tomou seus primeiros passos para retornar à equipe. Motivado pelas amizades feitas e que haviam sido deixadas de lado durante o estágio foi que ele passou a focar em projetos paralelos que supriam a necessidade da equipe. Porém “as pessoas com quem eu queria estar já tinham ido embora”, pessoas que se tornaram as melhores amigas dele até hoje – e quem também divide apartamento com ele. É clichê falar, mas o aero “mudou tudo em todos os sentidos”.
Como acontece com todas as pessoas que são grandes demais para ficarem presas à UFSC ou à Florianópolis, Rafael seguiu seu caminho mundo afora. Atualmente está trabalhando como estagiário na Embraer, em São José dos Campos – SP.
Rafael Araújo Lehmkuhl entrou na Céu azul “por causa do brilho no olho”. Porque não tinha como não chamar alguém que tinha tanto de si para entregar que era possível de perceber só pelo olhar. E, como ele mesmo se emociona ao dizer, “meu olho continuou brilhando por todo o tempo que eu fiquei aqui”. É com esse brilho no olho que ele abre essa série de publicações e, em palavras mais singelas, essa homenagem a quem fez parte da nossa história